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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

AFERAM lança livro sobre instrumentos musicais



A Associação de Folclore e Etnografia da Região Autónoma da Madeira (AFERAM) lançou recentemente um livro intitulado “Cordofones Tradicionais Madeirenses – Braguinha, Rajão e Viola de Arame”. Esta edição é o primeiro volume da coleção Cadernos de Folclore, cujos próximos números serão dedicados a temas diversos do universo do folclore, tais como as danças, os trajos ou o reportório.
O primeiro número é da autoria de Roberto Moniz que aceitou o desafio de escrever sobre os três instrumentos de cordas – braguinha, rajão e viola de arame – que se consideram ser os tradicionais da Madeira, desde os escritos do jornalista e etnógrafo madeirense Carlos Santos, na primeira metade do século XX. Assim, mais de meio século depois, surge esta edição que vem fazer uma síntese de algumas investigações recentes sobre os instrumentos populares, onde se destacam os trabalhos do antropólogo Jorge Torres com o presidente da Associação Xarabanda, Rui Camacho, e os trabalhos de fundo de Manuel Morais, investigador da Universidade de Évora e um dos maiores especialistas portugueses sobre instrumentos de cordas.
Além desta síntese histórica, é possível encontrar nesta edição um extenso dicionário de acordes para os três instrumentos, bem como as posições das escalas nas principais tonalidades maiores e menores. Esta parte técnica foi um pedido do coordenador da coleção e deste número, Ricardo Caldeira, com o objetivo de facilitar a aprendizagem destes instrumentos por pessoas que tenham poucos ou nenhuns conhecimentos musicais.
Para cada um dos instrumentos, o autor do livro disponibiliza duas composições para o leitor poder aplicar os conhecimentos teóricos apresentados, num total de seis peças em diferentes géneros da tradição musical madeirense. Por exemplo, para braguinha, Roberto Moniz propõe a canção “Calcinha”, uma variante de bailinho, e uma “Marcha” tocada nas festas do Espírito Santo, numa versão da Camacha. Já para a viola de arame, o autor propõe o incontornável “Charamba” e uma “Mourisca” do Porto da Cruz. Finalmente, no rajão são propostas as canções “Chamarrita” e a “Filha do Barqueiro”, duas melodias bem conhecidas e de belo efeito.
A complementar, Roberto Moniz dá ainda várias sugestões acessórias mas de extrema utilidade, para quem se queira aventurar na aprendizagem destes instrumentos. Entre estas destacam-se os nomes das partes constituintes dos instrumentos, o tipo de cordas a aplicar (um problema complexo para quem começa), os ritmos típicos dos géneros musicais madeirenses mais comuns (uma parte excelente para quem queira apenas acompanhar musicalmente as canções com acordes), bem como informações sobre os dedos a utilizar nas mãos esquerda e direita e algumas noções básicas de teoria musical.
Numa época em que as crianças e jovens são inundados de informações sobre o património musical do mundo inteiro, esta é uma edição importante para colocar a música madeirense neste combate cultural atual a que chamamos globalização. Não são apenas os mercados financeiros que têm que ser protegidos, é também imprescindível proteger o nosso mercado e património cultural. Não poderia terminar sem realçar o excelente trabalho gráfico de Ricardo Caldeira, que conseguiu dar um aspeto gráfico bastante profissional e atrativo a este livro. Por estes motivos, a direção da AFERAM, o autor e o coordenador da edição estão de parabéns por esta excelente iniciativa, que permite partilhar a experiência adquirida por 30 anos de prática numa edição sintética e ao dispor da comunidade.

Paulo Esteireiro


Roberto Moniz

É Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico. Atualmente desempenha as funções de professor de Educação Musical e é coordenador das modalidades Artísticas na Escola Básica do 2º e 3º Ciclos Bartolomeu Perestrelo. É Vice-presidente da Associação Musical e Cultural Xarabanda e músico do agrupamento musical da referida associação. É professor de Instrumentos de Corda Tradicionais Madeirenses desde o ano lectivo de 1989/90, onde desenvolveu esta actividade em várias associações e instituições (Gabinete Coordenador de Educação Artística, Associação Musical e Cultural Xarabanda e na Associação Grupo Cultural “Flores de Maio”). É Director Artístico do Grupo de Folclore da Casa do Povo do Porto da Cruz desde 2002, onde é responsável pela recolha, música e dança tradicional. Entre Outubro de 2001 e Agosto de 2010, foi Professor de Expressão Musical na Escola Profissional de Agentes de Apoio e Serviço Social, no Curso Profissional de Animador Sociocultural e no Curso Técnico de Apoio à Infância. Entre Setembro de 2001 e Agosto de 2007, desempenhou as funções de Coordenador da Modalidade Cordofones, no Gabinete Coordenador de Educação Artística. Foi Director Artístico do Grupo “Si que Brade” entre o ano lectivo de 1995/1996 e 1996/1997 e entre 2001/2002 e 2006/2007, onde realizou inúmeros concertos, Acções de Sensibilização nas Escolas do Ensino Básico e Secundário, Intercâmbios, Festivais de Música Tradicional, Gravação de um CD áudio e Participação no DVD dos grupos do Gabinete Coordenador de Educação Artística – Divisão de Expressões Artísticas. Foi co-responsável na elaboração do projecto da regionalização do currículo de Educação Musical do Ensino Básico através da SRE.

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sábado, 1 de outubro de 2011

Congresso Nacional de Folclore em Machico


O Fórum Machico acolhe a partir de hoje, e até terça-feira, o Congresso Nacional de Folclore, organizado pela AFERAM (Associação de Folclore e Etnografia da Região Autónoma da Madeira) e pela Federação Nacional do Folclore Português, numa iniciativa que também conta com o apoio da Fundação INATEL.

Um encontro que pretende promover o debate e a partilha de experiências, consciencializar os participantes da importância da cultura popular na construção de uma identidade cultural e dar a conhecer, mais especificamente, algumas das tradições da Madeira.

Com esse objectivo em vista, serão abordadas e debatidas diversas temáticas neste congresso, em cinco painéis, respectivamente: “Educação e Cultura Tradicional”, “Património Cultural Imaterial e Etnográfico”, “Folclore no Mundo”, “Tecnologias da Informação, Comunicação e Produção” e “Tradições das Ilhas”.
A Fundação INATEL também irá participar neste evento, na pessoa da sua Administradora Cristina Paula Baptista, que será oradora no terceiro painel, subordinado ao tema “Folclore no Mundo”.

Conforme adianta esta instituição, a responsável vai partilhar «as suas experiências a nível internacional, nomeadamente enquanto presidente do CIOFF - International Council of Organizations of Folklore Festivals. Paralelamente, dará a conhecer o trabalho desenvolvido pela Fundação em prol da salvaguarda de inúmeras tradições culturais», especifica o INATEL.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Faleceu Cristina


É com muita consternação que informamos, neste espaço, o falecimento da nossa antiga componente do grupo, a Cristina.

Foi sempre um elemento dedicado ao grupo, em tudo o que fazia imprimia sempre grande dedicação e motivação, nos momentos mais difíceis estava sempre pronta a colaborar, dando incentivo e espírito positivo: por vezes amada, outras vezes incompreendida…coisas dos humanos!
A Cristina será sempre recordada como a rapariga que brilhava logo que a concertina dava o mote para o Bailinho do Monte. O seu sorriso de orelha a orelha espelhava uma alma sadia e iluminada pela alegria de viver…

Cristina, a tua morte pegou-nos a todos de surpresa – é daquelas situações menos esperadas. Mas sabemos que a vida tem destas coisas, mas o que jamais se apagará é o sentimento que nos une…a tua beleza será perene nos nossos corações despedaçados pela dor da tua partida.

Descansa em paz.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

48 Horas a Bailar – XXVII Festival Regional de Folclore 2011 (Alinhamento)



-48 Horas a Bailar – XXVII Festival Regional de Folclore
De Sexta-feira, 22 Julho a Domingo, 24 Julho de 2011

No próximo dia 24 do corrente, o Grupo de Folclore Monteverde associa-se mais uma vez no evento, considerado o mais importante em termos de representação folclórica regional, denominado "48 Horas a Bailar". Este ano o grupo irá apresentar-se com algumas revelações, mormente em termos de indumentária. Também apraz-nos registar que em termos de reportório o grupo irá privilegiar algumas marchas, que, em nosso entendimento, foram extremamente populares no século passado. estas interpretações foram celebrizadas pelo então Grupo Folclórico do Livramento.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Construção de uma Braguinha


Construção de uma Braguinha (Video)



A braguinha, também conhecido como Machete é da família da viola, mas de forma muito mais simples e reduzida. Esta tem quatro cordas. Toca-se de rasgado e ponteado numa afinação Ré, Si, Sol Ré. Este instrumento foi levado por emigrantes madeirenses para o Havai onde tomou o nome de Ukelele.

sábado, 9 de julho de 2011

Folclore Português de luto



O Sr. Comendador Augusto Gomes dos Santos, Fundador da Federação do Folclore Português e seu Presidente Honorário, faleceu.
Augusto Gomes dos Santos nasceu a 23 de Julho de 1924 na freguesia de Arcozelo, no Concelho de Vila Nova de Gaia e dedicou mais de 40 anos à divulgação do folclore, da etnografia e das tradições populares Portuguesas. A sua actividade dividiu-se entre a imprensa, a direcção da Federação de Folclore Português, a direcção de Ranchos em Arcozelo e a organização e coordenação durante muitos anos do Festival Nacional de Folclore do Algarve.
Teve um papel fundamental no apoio aos Grupos folclore, (o que aconteceu também na Madeira) tendo com eles iniciado um trabalho de formação e orientação para a pesquisa e recolha de folclore e etnografia, de modo a melhorar a autenticidade das suas representações, nomeadamente com a realização de Encontros, Colóquios e Jornadas de Folclore.
Se salientar a organização e realização de dois Congressos de Folclore na Madeira em pareceria em o Grupo de Folclore de Ponta do Sol; o 1º em 1994 sobre o lema “O folclore numa sociedade em mudança” e o 2º congresso em 2001 denominado “Folclore Preservar é Vencer”.
Integrado nas comemorações dos 500 anos da Ponta do Sol (2001), Sr. AUGUSTO foi o grande responsável pela vinda de quase 500 pessoas do Continente Português e Açores, para participarem na 1º Exposição de Trajes ao Vivo realizada na Madeira (Funchal e Ponta do Sol).
Conhecido em todo o País e no Mundo, principalmente nos países onde há comunidades de emigrantes, era muito amado e acarinhado pelos portugueses, pela suas características de GRANDE HOMEM; sinceridade, honestidade, defesa de uma cultura (nossa identidade) e a Amizade.
Informamos que o corpo estará em câmara ardente na sede da Federação em Vila Nova de Gaia, desde as 15h deste domingo (10 de Julho), até às 10h de segunda-feira, hora em que se realizarão as cerimónias fúnebres.

A AFERAM – Associação de Folclore e Etnografia da Madeira por tudo o que o Senhor Augusto Santos fez e representa para o Folclore manifesta um voto de pesar, apresentado à sua família as mais sentidas condolências.

O Presidente
António Vale

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domingo, 3 de julho de 2011

Notícias do grupo


No passado mês de Agosto, fizemos um intercâmbio com o Rancho Etnográfico “Os Ferreiros de Carvalhais” que realizou-se entre 31 de Julho e 5 de Agosto. Foi uma experiência incrível que passámos na presença dos figueirenses. Participámos no XXVI Festival Nacional e XI Internacional de Folclore, em Carvalhais de Lavos Figueira da Foz a 2 de Agosto de 2008, entre outras actuações que nos proporcionaram.

Visitámos lugares incríveis e agradecemos a todos os que nos acompanharam na nossa estadia.

O nosso muito obrigado ao Rancho Etnográfico “Os Ferreiros de Carvalhais” e ao resto da população de Carvalhais, foram muito acolhedores para com o Grupo Folclórico Monte Verde.



No mesmo mês (Agosto), recebemos também, em intercâmbio, o Rancho Folclórico da Casa do Povo do Livramento – Ponta Delgada – Açores, entre os dias 13 e 20 de Agosto do corrente ano.

Este grupo participou na Festa em Honra de Nossa Senhora do Monte, no dia 14 de Agosto, entre outras actuações que decorreram pela Ilha.

Foram efectuadas, igualmente, diversas visitas guiadas, onde o grupo açoriano demonstrou grande deslumbramento.

Para o ano que vem, concluiremos estas permutas: receberemos o grupo da Figueira da Foz e iremos aos Açores.



Programa Lado a Lado . RTP – Madeira 31 – 10- 2008



Mais uma vez o grupo fez-se representar no programa de televisão, na RTP – Madeira, mais precisamente no dia 31 – 10 – 2008.





Participação no Concurso do INATEL - ENCONTRÃO

O Grupo participou no Concurso, promovido pelo INATEL, no âmbito da Etnografia e folclore. A temática, pelo grupo desenvolvida, foi o cantar dos reis, “Reizes”, na tradição madeirense – uma cantiga popular, fruto
das recolhas efectuadas, pelo fundador, Manuel Ferreira Pio, no Sítio da Levada da Corujeira.

Passámos a primeira eliminatória, que teve lugar no Centro Cívico as Murteira – Boa Nova. Sendo assim, iremos apresentar o trabalho, no próximo dia 9 de Novembro de 2008, na Ala Magna de Lisboa.